Muito tem sido escrito, nos últimos dias, sobre a reposição
das subvenções vitalícias a partir do Orçamento de Estado do próximo ano. Na prática,
trata-se de procurar repor um subsídio que os deputados em funções até 2005, e
com mais de 8 anos, posteriormente 12, de exercício do cargo, teriam direito.
Esta pecuniária benesse a uma parte da classe política foi instituída
em 1985 a partir dos partidos do Bloco Central. Em 2005 a mesma foi extinta,
embora sem efeitos retroactivos. Significa, na prática, que os deputados que a
requereram antes desse ano a ela tiveram direito.
Em 2014 a sua atribuição foi suspensa e o Orçamento do país para o próximo ano mantém essa suspensão. Se assim é, qual o motivo da polémica? Simples, 2 deputados, novamente do PSD e do PS, resolveram apresentar um requerimento para a reposição do subsídio.
Não me quero ainda pronunciar sobre a subvenção em si, apenas deixar sinal de profunda preocupação com o atrevimento dos deputados Couto dos Santos e José Lello. Numa altura de profundas dificuldades que grande parte dos portugueses sente, por via do corte nos salários, nas pensões ou pelo aumento dos produtos de primeira necessidade com a alteração do IVA, é vergonhoso que alguém eleito por todos nós procure apenas preocupar-se e compensar uma parte. Uma pequena parte, mas a parte que tem o poder de mudar as regras do jogo em seu benefício. Assim, não!!!
Não me quero ainda pronunciar sobre a subvenção em si, apenas deixar sinal de profunda preocupação com o atrevimento dos deputados Couto dos Santos e José Lello. Numa altura de profundas dificuldades que grande parte dos portugueses sente, por via do corte nos salários, nas pensões ou pelo aumento dos produtos de primeira necessidade com a alteração do IVA, é vergonhoso que alguém eleito por todos nós procure apenas preocupar-se e compensar uma parte. Uma pequena parte, mas a parte que tem o poder de mudar as regras do jogo em seu benefício. Assim, não!!!
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