A Alagamares, Associação Cultural, solicitou-nos que paratilhássemos um pequeno texto com o balanço da atividade cultural em Sintra em 2014. Aqui fica o texto que enviámos:
Revisitar a Cultura em Sintra em 2014 exige
desde logo que recordemos o
facto de Sintra ter ficado mais pobre culturalmente com o encerramento do Museu do Brinquedo, pelo muito que este equipamento podia potenciar, sendo públicas as posições que tomámos neste âmbito e na defesa intransigente da sua manutenção.
facto de Sintra ter ficado mais pobre culturalmente com o encerramento do Museu do Brinquedo, pelo muito que este equipamento podia potenciar, sendo públicas as posições que tomámos neste âmbito e na defesa intransigente da sua manutenção.
É nosso entendimento que a cultura deve estar ao serviço da
promoção do Concelho e daquele que é o seu mais importante capital: o
património humano, com as suas diferenças e sensibilidades, com as suas
apetências e expectativas, convictos que estamos da sua importância como
veículo de educação e de transformação social.
Ora aquilo por que pugnamos é por uma estratégia concertada
com os parceiros locais, desde a Parques de Sintra Monte da Lua – não podendo
deixar de salientar o seu extraordinário contributo na dignificação e promoção
do nosso património, com um reconhecimento internacional que a todos deve
orgulhar - , às múltiplas e dinâmicas associações culturais presentes em
Sintra que promovem actividade nas diferentes áreas artísticas, presenteando-nos com produções
de elevado padrão de qualidade.
É pois também nesse sentido que entendemos que, resistindo a
assumir-se como produtora cultural por excelência, a primordial vocação da
Câmara Municipal de Sintra deve ser a de parceira, facilitadora, congregadora e
mediadora, ajudando a posicionar Sintra no palco
nacional, dinamizando as comunidades locais e contribuindo para que
aquilo que se faz dê corpo a um calendário que faça da cultura um bem acessível
ao maior número de cidadãos.
E nesta matéria, aquilo que diagnosticamos é que continua a
faltar um investimento claro na formação de públicos, com as áreas da infância
e juventude a revelarem-se prioritárias para o fomento do gosto pelas artes,
incubando práticas para a sua fruição regular.
Se na área do teatro há um caminho já trilhado, merecendo
destaque a Mostra de Teatro das Escolas, promovida pela CMS, com dividendos
óbvios que vêm sendo amealhados, a da música e a das artes plásticas mantêm-se
mais arredadas dos desígnios e da política de apoio municipal, importando
dar-lhes um novo fôlego para que o consumo cultural do tanto que em Sintra já
se faz seja uma realidade mais entusiasticamente vivenciada.
Também nos surge como fundamental que haja por parte da
autarquia uma aposta naquilo que se entende por animação turística, potenciando
alguns dos expoentes da programação cultural de Sintra e entendendo-os como
claro produto turístico que podem e devem ser, investindo na divulgação dentro
e fora de portas e para tal envolvendo os operadores turísticos.
Mas porque em todas estas matérias, os diferentes contributos
assumem uma valia inequívoca e porque entendemos que “Ouvir para melhor
decidir” é, para além dum estimável instrumento de gestão, um claro exercício
de democracia e um sinónimo de humildade, de abertura e de valorização dos
parceiros na construção de algo que a todos diz respeito, a criação dum Conselho
Municipal para a Cultura assume-se, a nosso ver, como uma prioridade.
Terminamos com um reconhecido bem-haja a todos quantos, nas
diferentes áreas, fazem da cultura o seu modo e sentido de vida, contribuindo
para nos dar a conhecer as diferentes facetas da beleza, qualquer que seja a
forma como ela se dê a revelar.
Aos
9 de Janeiro de 2015
O texto, Revisitar a Cultura em Sintra em 2014, é um fantástico documento de entendimento e expressivo de quem Vive e Anima Sintra por bem de qualquer família. Bem.hajam. Jozé Sabugo
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