quarta-feira, abril 02, 2014

COMUNICADO - "Refeições escolares na pausa letiva da Páscoa".

O Executivo Municipal aprovou ontem, por maioria, com a abstenção dos vereadores do Movimento “Sintrenses com Marco Almeida”, a abertura dos refeitórios escolares para as férias da Páscoa.
A medida constitui-se como um importante instrumento social de apoio às famílias, que teve origem no mandato autárquico 2009/2013,
entretanto alargada aos alunos dos 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico e do Ensino Secundário, bem como aos respectivos pais e encarregados de educação. Esta é, pelo menos, a intenção anunciada pelo atual Executivo da Câmara Municipal de Sintra.
No entanto, os critérios de inscrição estabelecidos pela Câmara Municipal de Sintra constituem um sério entrave à adesão das famílias a este programa. Ao distinguir valores diferentes para alunos e pais do mesmo agregado familiar, principalmente naqueles que são abrangidos pela Ação Social Escolar (ASE), a Câmara Municipal de Sintra cria um entrave à adesão dos pais e encarregados de educação.
A Câmara Municipal de Sintra tem de ser clara e inequívoca quanto ao que pretende. Não pode anunciar, e fazer disso campanha pública e mediática, que esta medida se dirige às famílias que vivem com maiores dificuldades e, ao mesmo tempo, dificultar que estas tenham acesso aos refeitórios escolares.
A Câmara Municipal de Sintra não pode e não deve esquecer que os milhares de alunos carenciados só o são porque as suas famílias também o são.
A Câmara Municipal de Sintra não pode e não deve esquecer que os pais desempregados, ou com parcos rendimentos, que não podem pagar as refeições dos seus filhos, também não podem pagar a sua própria refeição.
A Câmara Municipal de Sintra persiste no erro que cometeu na pausa lectiva do Natal. A participação dos pais não ultrapassou as 8 (oito) refeições. Pouco, muito pouco.                        
Os vereadores do Movimento, e os respectivos deputados municipais, alertaram em diferentes ocasiões que este seria o resultado. Infelizmente, não nos enganámos.
O alcance desta medida não se mede pelo impacto junto da comunicação social. Se o município de Sintra quer apoiar socialmente as famílias mais frágeis do concelho, então tem de perceber e aceitar que uma família, em dificuldades, corresponde à totalidade dos seus elementos.
Em reunião do Executivo Municipal, realizada esta 3.ª feira, desafiámos o Presidente da Câmara Municipal de Sintra a corrigir tal opção. Ao persistir, a Câmara Municipal de Sintra abdica do enorme apoio que a abertura dos refeitórios escolares podia constituir para as famílias sintrenses que mais sofrem.

A 2 de Abril de 2014
Os Vereadores eleitos pelo Movimento Independente “Sintrenses com Marco Almeida”

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