O Executivo Municipal
aprovou ontem, por maioria, com a abstenção dos vereadores do Movimento
“Sintrenses com Marco Almeida”, a abertura dos refeitórios escolares para as
férias da Páscoa.
A medida constitui-se como
um importante instrumento social de apoio às famílias, que teve origem no
mandato autárquico 2009/2013,
entretanto alargada aos alunos dos 2.º e 3.º
Ciclos do Ensino Básico e do Ensino Secundário, bem como aos respectivos pais e
encarregados de educação. Esta é, pelo menos, a intenção anunciada pelo atual
Executivo da Câmara Municipal de Sintra.
No entanto, os critérios
de inscrição estabelecidos pela Câmara Municipal de Sintra constituem um sério
entrave à adesão das famílias a este programa. Ao distinguir valores diferentes
para alunos e pais do mesmo agregado familiar, principalmente naqueles que são
abrangidos pela Ação Social Escolar (ASE), a Câmara Municipal de Sintra cria um
entrave à adesão dos pais e encarregados de educação.
A Câmara Municipal de
Sintra tem de ser clara e inequívoca quanto ao que pretende. Não pode anunciar,
e fazer disso campanha pública e mediática, que esta medida se dirige às
famílias que vivem com maiores dificuldades e, ao mesmo tempo, dificultar que
estas tenham acesso aos refeitórios escolares.
A Câmara Municipal de
Sintra não pode e não deve esquecer que os milhares de alunos carenciados só o
são porque as suas famílias também o são.
A Câmara Municipal de
Sintra não pode e não deve esquecer que os pais desempregados, ou com parcos
rendimentos, que não podem pagar as refeições dos seus filhos, também não podem
pagar a sua própria refeição.
A Câmara Municipal de
Sintra persiste no erro que cometeu na pausa lectiva do Natal. A participação
dos pais não ultrapassou as 8 (oito) refeições. Pouco, muito pouco.
Os vereadores do Movimento,
e os respectivos deputados municipais, alertaram em diferentes ocasiões que
este seria o resultado. Infelizmente, não nos enganámos.
O alcance desta medida não
se mede pelo impacto junto da comunicação social. Se o município de Sintra quer
apoiar socialmente as famílias mais frágeis do concelho, então tem de perceber
e aceitar que uma família, em dificuldades, corresponde à totalidade dos seus
elementos.
Em reunião do Executivo
Municipal, realizada esta 3.ª feira, desafiámos o Presidente da Câmara
Municipal de Sintra a corrigir tal opção. Ao persistir, a Câmara Municipal de
Sintra abdica do enorme apoio que a abertura dos refeitórios escolares podia
constituir para as famílias sintrenses que mais sofrem.
A 2 de Abril de 2014
Os Vereadores eleitos pelo Movimento Independente “Sintrenses com Marco Almeida”
Os Vereadores eleitos pelo Movimento Independente “Sintrenses com Marco Almeida”
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